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Mindfulness e a minha busca por propósito.

Chanda – o que me tira da cama todos os dias com um propósito

O começo

A história de Sati enquanto empresa/serviço começa em meados dos anos 80, onde eu ainda criança tive os primeiros questionamentos sobre a vida e o que fazer com ela. Desde pequena me sentia comovida com o sofrimento que há no mundo e ainda sem muitas referências, sabia que precisava fazer algo a respeito. Nem meditação, tampouco mindfulness eram presentes.
 
Conforme fui crescendo, era cada vez mais frequente o direcionamento a uma profissão e eu sempre soube que precisaria trabalhar para gerar dinheiro, o que descartava a possibilidade de trabalho humanitário voluntário.
Foto Ane Saraiva - Fundadora Sati Mindfulness
Chanda, nos textos em pāli, é uma vontade sincera. Uma condição mental opositora à avareza.
 

Uma busca incessante

Desde então, do início da idade adulta, pulei de emprego em emprego, de função em função, fazendo o possível para gerar o suficiente para poder viver mas sempre com o sentimento de que ainda não estava fazendo algo de fato eficiente para colaborar na transformação que eu acreditava ser necessária. 
Foi então que em 2015, no que eu chamei de “auge da falta de significado da vida”, resolvi tirar um ano para me aprofundar no meu questionamento, fui viver no Templo Budista Chagdud Gonpa Khadro Ling em Três Coroas, local onde eu já tinha feito alguns retiros nos últimos anos em que me aproximei do Budismo e me dediquei à prática formal.
 

Tempo para ser.. Mindfulness

Neste curto e intenso período, espontaneamente foram surgindo respostas, fui compreendendo diversos aspectos da vida, intensifiquei drasticamente meu processo de auto conhecimento e encontrei as formas de executar através de um trabalho, a minha motivação principal desta vida, que é compartilhar com os outros os benefícios da consciência e do auto conhecimento.
Mantive a diligência de minhas práticas formais, mas entendi que para levar esse conhecimento aos outros, na cidade, teria que abordar de forma mais genérica e laica. Foi aí que encontrei o Mindfulness.
 
Recentemente passei por uma formação em Mindfulness em SP, onde são desenvolvidos os protocolos internacionais e com validação em pesquisas científicas.
O processo de desenvolvimento da Atenção Plena, devolve a autonomia da vida e das emoções para as pessoas, gera inúmeros benefícios para a saúde e para as relações e dessa forma, ajudando a tecer a teia que interdepende com outras teias, ouso dizer que cheguei no auge do significado da vida.
 
OBS: Texto publicado em 25 de abril de 2016.

Ane Saraiva

Instrutora Sênior Certificada pelo Mindfulness Trainings International sob orientação do Lama Jangchub Sempa Gyatso. Começou a praticar meditação em 2011 em meio à sua carreira como gestora. Participou de diversos retiros e viveu no Templo Budista Chagdud Gonpa Khadro Ling no ano de 2015, onde teve a oportunidade de conviver com Lamas de diversos países e aprofundar seus estudos sobre Budismo e sua técnica meditativa.